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Faz tempo que quero escrever algumas crônicas, mas são tanta ideias e tantas possibilidades que fica difícil escolher um tema para começar. A ideia foi focar nas questões do nosso universo cada vez mais digital. Vamos ver ver se o projeto vai pra frente.

Nesta semana, num momento de quase epifânia, percebi que a revolução digital realmente triunfou.

Não sou um “milenials”, mas praticamente nasci no mundo digital. Com cerca de seis anos de idade ganhei meu primeiro videogame. Aos dez eu iniciava minha alfabetização digital no computador do meu primo, na época dos famosos “386”. Aprendi os primeiros comandos do MS-DOS, o Windows 3.11 e uma série de jogos instaláveis via disquete.

Na adolescência ganhei um 486 de segunda mão e com ele vi a chegada da internet via linha telefônica, os acessos de madrugada, as salas de chat do TERRA / UOL, meu primeiro email no BOL. Conheci a  pornografia gratuita, baixei MP3 e DIVX via torrent.

Depois disso foram vários PCs que não me recordo mais. Aprendi a montar e desmontar uma máquina, trocar HD, instalar gravadora de CD, adicionar memória RAM DIM DDR. Criei blogs no blig, blogspot, WordPress, página no HPG, perfil no Orkut, Facebook, MSN, Whatsapp.

Além de pesquisar muito em fóruns, Wikipedia e Google, comecei prestar serviços relacionados a editoração eletrônica, artes digitais e webdesign. Conheci o Linux, estudei o software livre no meu mestrado, aprendi a gerenciar servidores e já tive mais de quatro smartphones Android.

Durante todo esse tempo sempre foi claro que a revolução do “universo digital” dos computadores e da internet era algo evidente e cada vez maior. O sonho de uma sociedade totalmente conectada (e sem fios) já é uma realidade. Hoje, com a internet das coisas e os 3,4,5Gs até um biscoito possui conexão com a internet.

Porém, recentemente, por mais “digital” que tenha sido minha vida, eu realmente consegui romper de fato minha relação com a televisão. Sempre fui um crítico da TV, mas ainda recorria à caixinha mágica para assistir um telejornal ou o futebol. Mas ao comprar uma TV BOX (e transfomar minha TV em smart), junto com Youtube e Netflix, eu finalmente dei adeus à famigerada TV. Até joguei a antena digital fora.

Mas a internet já não é mais aquela terra da utopia, dos sonhos de liberdade de expressão, informação e conhecimento. Se hoje você tem a liberdade de escolher o que deseja assistir, continua sendo obrigado a assistir aquilo que você não quer. Seja premium ou veja a boa e velha propaganda. E foi isso que eu vi: a propagando do mercada. Banana, 2,99, leite longa vida 1,99. Aquela mesma propaganda que eu via quando criança, antes ainda de ter o primeiro videogame. Achocolatado, 500 mil cruzeiros. O capital já migrou para a internet. Aquele mesmo velho esquema, já está totalmente funcional no mundo digital. Só que agora muito mais bem segmentado.

A revolução digital definitivamente aconteceu e ela se parece cada dia mais com o passado.

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